Nesse mundo louco, onde
todas as previsões foram pro saco em 2021, essa é uma pergunta armadilha pra quem se arrisca em responder com propriedade.
Pensa um ano atrás. Geral estava pronto pra uma recuperação econômica em expansão e um verão de muito amô em 2021, tudo isso possibilitado pelas vacinas da Covid-19. Alguns chegaram a dizer que o fim da pandemia estava logo ali.
Então chegaram as variantes Delta, Ômicron e agora a IHU. À medida que 2022 começa, a pandemia continua inabalável, gerando sinais de persistência e complicando muito a recuperação econômica global.
Porém, com uma análise do que vem pela frente, seja na política, seja nas previsões econômicas para esse ano, é sim possível fazer boas escolhas nos investimentos em 2022.
2022 é ano de
eleição. E vamos combinar que não é qualquer eleiçãozinha. Pode ser a maior eleição de todos os tempos se levarmos em conta toda a
polarização que foi criada nos últimos anos.
Apesar do gradativo aumento dos índices de vacinação e consequente diminuição de mortes, novas variantes ainda assombram muitos países e economias por aí como já falado anteriormente.
As projeções para inflação são de 5% a 6%. E o Copom prevê uma Selic de dois dígitos, com estimativa para algo em torno de 11,50%.
Pensando tudo isso, entendemos 2022 como um ano de volatilidade.
Volatilidade de câmbio, onde o valor do Real só Deus sabe pra onde vai.
Volatilidade de mercado, pois só a Vidente Baba Vanga sabe como o mercado vai receber uma reeleição de Bolsonaro ou de Lula.
Volatilidade da inflação e da Selic, por toda essa conjuntura política, social e econômica, e muito mais.
Esse ano de 2022 é como se todos nós estivéssemos numa grande montanha russa na velocidade 5.
Na renda fixa, não fique tentado a ativos atrelados apenas ao CDI. Por mais que as projeções sejam de alta na Selic, os caras sempre erram (em quase 100% das vezes erram, na verdade).
Então, dê preferência para ativos com rentabilidade atrelados a inflação de tal forma que você consiga uma valorização real. Independente do movimento da taxa.
Ah! E esteja com sua reserva de emergência em dia.
Na renda variável, a bolsa de valores sempre deve estar no radar. Pois um mercado volátil, é um mercado também de oportunidades.
Mantenha a estratégia baseada no seu perfil de investidor, com o seu percentual destinado à renda variável em dia e com aportes constantes.
Você fará preço na compra das ações. Então subindo ou caindo, se pensar em longo prazo não tem muito erro.
Para fundos imobiliários, com a alta da Selic, é possível vermos uma desvalorização das cotas. Mas FII’s (Fundos de Investimento Imobiliários) é imóvel, amigas e amigos.
É, de alguma forma, segurança. Fundos com boa relação de dividend yeld* sempre são opções para uma renda passiva de qualidade. Se eu fosse você, não deixaria de fora da carteira, mas também não escolheria qualquer um.
*Dividend Yield, abreviadamente DY, é uma expressão inglesa que traduzida literalmente significa rendimento do dividendo. É um índice criado para medir a rentabilidade dos dividendos de uma empresa em relação ao preço de suas ações.
Por fim, pra
investidores com um pouco mais de experiência, está cada vez mais claro a necessidade de diversificar a carteira com Criptoativos e também ativos do exterior com base em dólar.
O primeiro motivo é simples: o futuro está aí e os
Criptoativos vieram pra ficar.
O segundo é pelo fato do nosso
Real estar muito instável e desvalorizando.
Então, pousar seus investimentos em solo
precificado em dólar, por exemplo, é menos frio na sua barriga.
Como fazer isso? O jeito mais fácil é através de Etf’s* na própria B3. Existem Etf’s de criptomoedas, dólar, ações estrangeiras e tudo que você pode imaginar para realizar essa diversificação.
*Um Exchange-Traded Fund (ETF), ou fundo de índice, é um fundo de investimento negociado na Bolsa de Valores como se fosse uma ação. Um ETF também pode ser chamado de fundo de índice. A maioria dos ETFs acompanham um índice, como um índice de ações ou índice de títulos.